Ministro da Saúde afirma que quarentena foi “precipitada”

O Ministro da Saúde falou da pandemia da Covid-19 que atinge o país nesta quarta-feira (25). Luiz Henrique Mandetta atualizou o número de casos e óbitos causados pela doença no país, pontuou sobre as ações que são organizadas pela pasta que coordena e também comentou as declarações polêmicas dadas por Jair Bolsonaro na noite de terça (24).

“A última vez [que tivemos] quarentena foi da gripe espanhola”, afirmou Mandetta, sobre a doença que atingiu o mundo há mais de 100 anos. “Estamos iniciando uma curva e precisamos ter calma, porque a quarentena é um remédio extremamente amargo”. disse.

“Vai ter uma hora que a gente vai precisar usar. Mas existe a possibilidade de trabalhar por bairro, fazer redução de mobilidade urbana em certos aparelhos”. Em seguida fez críticas a governadores e municípios que adotaram medidas para restringir a circulação. “Nós saímos do início dos número para um efeito de quarentena em todo o território nacional, como se estivéssemos em franca epidemia”.

O Brasil registra 2 433 casos da doença, segundo último boletim divulgado pelo governo, e 57 mortes. 862 dos casos são no estado de São Paulo, que contabiliza 48 óbitos. Até a semana passada o ministro repetia um bordão nas recomendações para a população durante as coletivas: “fiquem em casa”, o que não ocorreu nesta quarta. Ele mencionou que cumprimentos como “beijos e abraços” devem ser evitados e reiterou a importância de lavar as mãos.

Afirmou que “as questões econômicas são importantíssimas, que foram abordadas pelo presidente” durante o pronunciamento em rede social, e concordou com Bolsonaro. Declarou que a decisão de quarentena por parte de municípios e estados “foi precipitada”.

Na terça o chefe do Executivo criticou também a suspensão das aulas e defendeu isolamento social apenas para os mais velhos, contrariando as indicações da Organização Mundial da Saúde e do próprio Ministério da Saúde, atitude não mencionada por Mandetta.

Ele também falou sobre o uso do medicamento hidroxicloroquina, que com novo protocolo, será ministrado em pacientes em estado grave que foram diagnosticados a Covid-19 e estão internadas em UTI. Afirmou que testes estão sendo feitos para verificar a real eficácia da droga no combate da doença.

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