Javier Milei, economista de 53 anos da La Libertad Avanza, foi eleito presidente da Argentina no dia 19 de dezembro, derrotando o candidato governista e atual ministro da Economia, Sergio Massa da Union por la Patria. Ele assumirá a presidência em 10 de dezembro, após vencer o segundo turno com 55,69% dos votos, em comparação aos 44,30% de Massa. Em seu discurso após a eleição, Milei falou sobre o fim de uma forma de fazer política e o início de outra. Milei conseguiu reverter o resultado do primeiro turno, o que só havia sido feito anteriormente por Mauricio Macri em 2015.
Antes da eleição, a autoridade eleitoral convocou Milei e seus apoiadores para esclarecimentos sobre suas declarações relacionadas à transparência nas eleições. A campanha de Milei afirmou que houve transparência nas eleições. O atual presidente argentino, Alberto Fernández, afirmou que a transição começará na segunda-feira, 20 de dezembro.
As propostas de Milei incluem um corte significativo nas despesas públicas, a eliminação de subsídios públicos e a redução gradual dos planos sociais. Ele propõe cortar os fundos atribuídos às reformas e pensões, reduzir o número de ministérios para oito e reformar os sistemas de saúde, educação e segurança. Milei também defende a dolarização da economia.
Milei nasceu em Buenos Aires em 22 de outubro de 1970 e cresceu em Palermo, bairro da capital argentina. Ele reconheceu ter tido momentos polêmicos em sua família, mas encontrou apoio em sua irmã Karina Milei, que ele afirma ser a pessoa que melhor o conhece. Karina desempenhará o papel de primeira-dama, caso Milei vença a presidência. O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) apoiou Milei antes do primeiro turno e prometeu ir à sua posse. Após a vitória de Milei, Bolsonaro declarou que a esperança voltou a brilhar na América do Sul.