A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou uma distorção de R$ 44,2 bilhões nas contas do Ministério da Saúde, relacionadas ao primeiro ano do governo Lula em 2023. A auditoria, solicitada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), identificou que os principais problemas são decorrentes de cálculos baseados em estimativas e falhas no monitoramento de processos.
A maior distorção, totalizando R$ 21,9 bilhões, envolve o saldo incorreto de estoques de medicamentos e insumos importados. A CGU revelou que o Ministério da Saúde não registrava corretamente a baixa do material recebido, além de falhas no lançamento de ajustes cambiais. A conta de importações chegou a registrar valores em trânsito internacional e em estoque que não refletiam a realidade.
Outro problema identificado foi o registro de vacinas e medicamentos em uma conta classificada como “Doações/Transferências Recebidas”, resultando em uma distorção de R$ 3,5 bilhões. A CGU concluiu que, embora o material fosse registrado como doação, havia contrapartidas financeiras envolvidas, o que deveria ser contabilizado de maneira diferente. A auditoria recomendou a adoção de novas políticas contábeis para corrigir as falhas.
As informações são do Jornal Metrópoles.