O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, é alvo de uma recompensa oferecida pelo governo dos Estados Unidos: US$ 25 milhões (cerca de R$ 140 milhões) por informações que levem à sua prisão. A acusação do Departamento de Justiça dos EUA é de que Maduro lidera um cartel internacional de narcotráfico, designado como organização terrorista.
O cartaz com a foto do presidente venezuelano foi divulgado na segunda-feira, 28 de Julho, coincidindo com o aniversário de um ano de sua reeleição, considerada ilegítima pelos Estados Unidos e por grande parte da comunidade internacional.
O governo americano acusa Nicolás Maduro de envolvimento direto com o “Cartel de Los Soles”, organização criminosa responsável por operações de tráfico de drogas em larga escala. Segundo os EUA, o cartel, segundo o Departamento do Tesouro dos EUA, usa a estrutura do Estado venezuelano para facilitar a exportação de drogas, especialmente para os Estados Unidos. O documento menciona também a relação do regime com outros grupos criminosos, como o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa, do México.
Além de Maduro, dois nomes de destaque do alto escalão do governo venezuelano também estão na mira dos americanos:
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Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior e número dois do chavismo — recompensa de US$ 25 milhões;
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Vladimir Padrino López, ministro da Defesa — recompensa de US$ 15 milhões.
A classificação de Maduro como líder de uma organização terrorista foi oficializada em 2020, durante o governo Donald Trump, e permanece sob a gestão de Joe Biden. A medida foi tomada com base em um decreto de 2001, criado após os atentados de 11 de setembro, que permite o bloqueio de bens e ações contra indivíduos ou entidades designadas como ameaças à segurança nacional dos EUA.
Apesar das sanções e acusações, Maduro ainda mantém forte respaldo político de países como China, Rússia e Irã, o que limita os efeitos práticos das ações americanas.
Reeleição controversa
Maduro está no poder desde 2013, após a morte de Hugo Chávez. Em julho de 2024, ele foi reeleito em um processo amplamente criticado pela oposição e por observadores internacionais. Entre os episódios mais denunciados estão a prisão temporária da opositora María Corina Machado, a fuga de Edmundo González — principal adversário nas urnas — e repressão a protestos populares.
Desde 2009, a Constituição venezuelana permite a reeleição ilimitada. Com apoio de militares, juízes e parlamentares aliados, Maduro tem se mantido no comando do país em meio a denúncias de autoritarismo, corrupção e violações de direitos humanos.
Veja o cartaz publicado pelo Governo dos Estados Unidos a seguir:
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