O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou o encontro que teve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira, 23 de setembro, logo após discursar na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
“Eu tive uma satisfação de ter o encontro com o presidente Trump. Aquilo que parecia impossível se tornou possível”, disse Lula à imprensa, nesta quarta, 24 de setembro.
O petista ressaltou que vê com bons olhos a aproximação: “Temos muitos interesses industriais e tecnológicos. Interesse no debate digital, somos as duas maiores economias do continente. Eu fiz questão de dizer que temos muito que conversar e muitos interesses em jogo e a necessidade de trazer uma pauta positiva.”
Lula também destacou que a relação entre os países deve ser conduzida com respeito institucional. “Não quero saber se um presidente eleito gosta ou não de mim. Ele merece meu respeito como presidente brasileiro”, declarou.
Durante seu discurso na ONU, Trump fez menção amistosa a Lula, embora tenha também criticado o Brasil em alguns pontos. Ainda assim, ambos combinaram de realizar uma conversa mais longa na próxima semana. “Fiquei feliz que rolou uma química entre nós”, disse Lula, que se mostrou otimista em acelerar o diálogo e “acabar com mal-estar” entre os dois países.
Segundo Trump, o primeiro contato entre eles durou pouco mais de 20 segundos, mas foi suficiente para alinhar uma agenda futura. “Nós o vimos, eu o vi. Ele me viu e nos abraçamos. (…) combinamos de nos encontrar na semana que vem”, disse o norte-americano.
A expectativa em torno do encontro ocorre em meio a um cenário de tensões comerciais. Nos últimos meses, os Estados Unidos aplicaram tarifas de 50% sobre alguns produtos brasileiros, como retaliação ao que Trump chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na coletiva, Lula também comentou a recente condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Ele reiterou que não há veto de pautas na conversa com Trump, mas frisou: “A soberania não está em discussão. Nem com o presidente dos EUA nem com nenhum presidente do mundo.”
O presidente brasileiro deixa Nova York ainda nesta quarta-feira, 24 de setembro, e deve desembarcar em Brasília na manhã de quinta, 25 de setembro.































































