A cantora Xania Monet, personagem criada por inteligência artificial, assinou neste mês de setembro um contrato avaliado em R$ 15 milhões com a gravadora Hallwood Media, nos Estados Unidos. O acordo representa mais um avanço da tecnologia na indústria da música.
A responsável por dar vida à personagem é a compositora norte-americana Telisha Jones, que utiliza a plataforma Suno para transformar suas letras em canções finalizadas.
Em agosto, Xania lançou o álbum Unfolded. Uma das faixas, How Was I Supposed to Know, já ultrapassa 5 milhões de reproduções no YouTube e no Spotify. As músicas seguem a linha R&B, com influência de artistas como Beyoncé e Alicia Keys.
Além do som, a identidade visual de Xania também foi criada com IA, apresentando a cantora como uma jovem negra em cenários variados — desde grandes metrópoles até paisagens futuristas.
Não é a primeira vez que a Hallwood Media aposta na tecnologia. Em julho, a gravadora contratou Imoliver, designer musical que também utiliza a plataforma Suno. Seu single mais recente, Waiting For The Weekend, chegou às plataformas em setembro com um estilo housepop e vocais artificiais.
Outro exemplo é a banda The Velvet Sundown, criada em junho com apoio de IA. O grupo alcançou meio milhão de ouvintes mensais no Spotify, mas perdeu cerca de 40% das reproduções em poucos meses.
Apesar do sucesso, a expansão da inteligência artificial na música gera debates. A Suno enfrenta processos judiciais sob a acusação de ter sido treinada com músicas extraídas do YouTube sem autorização. Já o Deezer anunciou medidas para sinalizar conteúdos musicais criados com IA.































































