O ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para fevereiro o julgamento sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, mortos a tiros em março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. Três sessões foram oficialmente convocadas: a primeira ocorrerá às 9h do dia 24 de fevereiro de 2026, seguida de outra no mesmo dia, das 14h às 18h. Caso seja necessário, uma sessão extra foi marcada para 25 de fevereiro de 2026, também às 9h.
As datas foram definidas nesta sexta-feira, 5 de dezembro, um dia após o relator, ministro Alexandre de Moraes, liberar o processo para julgamento. A análise ficou para o início de 2026 devido ao recesso do STF, que vai de 19 de dezembro a 1º de fevereiro.
Respondem à acusação de envolvimento no crime o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão; o ex-deputado federal Chiquinho Brazão; o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa; o major da PM Ronald Alves de Paula; e o ex-PM Robson Calixto, assessor de Domingos. Todos estão presos preventivamente.
A denúncia tem como base a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ser o autor dos disparos. Segundo ele, os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa teriam ordenado o assassinato. Ainda conforme a investigação da Polícia Federal, Barbosa teria auxiliado nos preparativos da execução, Ronald teria monitorado a rotina de Marielle, e Calixto seria o responsável por fornecer a arma utilizada.
A PF aponta que o crime teria sido motivado pelo posicionamento político de Marielle, que contrariava interesses do grupo ligado aos Brazão em disputas territoriais envolvendo milícias no Rio de Janeiro. Todos os acusados negam envolvimento.































































