Docentes, estudantes, técnicos e servidores terceirizados da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) estão mobilizados contra os Projetos de Lei nº 3.733 e nº 3.738, que propõem a cessão do patrimônio da universidade à União como forma de abatimento da dívida do Estado de Minas Gerais. As propostas, segundo a comunidade acadêmica, colocam em risco a autonomia institucional e a continuidade da universidade pública.
Nesta terça-feira, 28 de maio, ocorreu uma assembleia com a participação dos professores da UEMG, em Belo Horizonte, organizada pela Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Minas Gerais (ADUEMG). O encontro marcou o início oficial da campanha “UEMG: quem conhece, defende”, com o objetivo de ampliar a mobilização e pressionar pelo arquivamento do PL 3.738/2025 e pela exclusão da UEMG do PL 3.733/2025.
Na avaliação dos participantes, a medida representa ameaça concreta ao funcionamento da universidade, reconhecida por sua atuação na oferta de educação superior gratuita e de qualidade em diversas regiões de Minas Gerais, com forte presença no interior do estado.
Durante as manifestações, professores enfatizaram o papel estratégico da universidade pública na formação de profissionais, produção científica e desenvolvimento social. Uma das declarações que tem ecoado entre os participantes da mobilização expressa esse sentimento:
“A UEMG não é apenas um espaço de ensino, mas um pilar para o avanço social e econômico do interior mineiro. Ceder esse patrimônio é comprometer o presente, e o futuro de milhares de estudantes.”
Em Ituiutaba, a mobilização também avança. Uma Audiência Pública está marcada para o dia 3 de junho, terça-feira, às 18h, na Câmara Municipal, com a presença da comunidade acadêmica e lideranças locais. O objetivo é ampliar o debate e engajar a população tijucana na defesa da universidade.































































