O Banco Central comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, 05 de junho, que executou a ordem de bloqueio das contas bancárias e ativos financeiros da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, após a expedição de mandado de prisão contra a parlamentar.
A decisão inclui o bloqueio de Pix, cartões de crédito, investimentos, previdência privada, consórcios, ouro e criptomoedas, e foi repassada a todas as instituições financeiras do país.
Zambelli foi condenada a dez anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. A prisão foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumenta que a parlamentar fugiu para evitar cumprir a pena.
Na terça-feira, 03 de junho, em entrevista a uma rádio do interior paulista, Zambelli declarou que deixou o país para realizar tratamento de saúde e que irá pedir licença do mandato. Segundo sua assessoria, ela desembarcou em Roma, na Itália, após escala nos Estados Unidos, onde esteve nos últimos dias. A deputada tem dupla cidadania italiana, o que pode facilitar sua permanência na Europa.
Com a fuga confirmada, Alexandre de Moraes determinou a abertura de um inquérito para apurar possíveis crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação penal. Segundo o ministro, Zambelli estaria adotando a mesma estratégia do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA e é investigado por possíveis articulações contra autoridades brasileiras.
Com a saída do Brasil, o advogado Daniel Bialski deixou a defesa da deputada. Por determinação do STF, a Defensoria Pública da União (DPU) passa a representá-la judicialmente.































































