As duas maiores economias do planeta parecem dar os primeiros passos rumo à reconciliação comercial. Nesta quinta-feira, 12 de junho, o governo da China confirmou oficialmente a celebração de um acordo preliminar com os Estados Unidos, resultado de dois dias intensos de negociações em Londres e um telefonema entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping.
O pacto visa aliviar a guerra comercial que há anos impõe tarifas bilionárias sobre produtos essenciais, afetando cadeias produtivas globais e gerando instabilidade nos mercados.
Redução de tarifas e exportações estratégicas
Entre os principais pontos do acordo está a manutenção, por parte dos EUA, de uma alíquota consolidada de 55% sobre determinados produtos chineses, enquanto a China aplicará uma tarifa de 10% sobre itens norte-americanos. O equilíbrio, ainda que parcial, é visto como avanço após meses de tensões diplomáticas e econômicas.
Outro ponto sensível do pacto é a retomada das exportações de terras raras pela China — minerais essenciais para a indústria de tecnologia, que são utilizados na produção de chips, motores elétricos e equipamentos de defesa.
Cooperação educacional e compromissos diplomáticos
Em um gesto que vai além da economia, os EUA também se comprometeram a facilitar o ingresso de estudantes chineses em universidades americanas, reforçando o intercâmbio educacional como ponte de diálogo entre as nações.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que o país “mantém seu compromisso com os termos acordados” e que espera reciprocidade de Washington. “Agora é o momento de consolidar o consenso e avançar com responsabilidade”, declarou.
Ratificação final e próximos passos
Apesar do avanço, o acordo ainda precisa ser ratificado pelos presidentes Trump e Xi, o que deve ocorrer até o dia 10 de agosto, prazo estipulado pelas delegações. Até lá, as medidas seguem em caráter preliminar.
A comunidade internacional acompanha com atenção os desdobramentos, já que o novo cenário poderá reconfigurar relações comerciais em setores estratégicos e abrir caminho para acordos mais amplos nos próximos meses.































































