A Corregedoria da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) prendeu cinco militares da ativa na manhã desta quinta-feira, 10 de julho, durante operação para cumprimento de mandados de busca e apreensão. Os policiais são investigados por crimes como associação criminosa, corrupção passiva, tráfico de drogas e posse ilegal de armas e munições.
Todos os detidos atuavam na mesma unidade da PM, e, segundo fontes policiais, estariam lotados no 66º Batalhão da PM em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As prisões ocorreram nas cidades de Betim, Contagem e Belo Horizonte. Os suspeitos são dois sargentos, dois cabos e um soldado.
Durante a operação, foram apreendidos: 3 armas de fogo (uma espingarda e dois revólveres calibres .32 e .38); 126 munições ilegais (de uso permitido e restrito); 106 porções de maconha; 101 pinos de cocaína; 79 pedras de crack; 02 balanças de precisão; Celulares, notebooks e pendrives.
Segundo o porta-voz da PMMG, capitão Rafael Veríssimo, as investigações ainda apuram se os militares atuavam de forma articulada. “Eles trabalham na mesma unidade, mas ainda não há comprovação de que cometiam os crimes juntos. Um dos focos da investigação é apurar justamente se há associação entre eles”, explicou. O caso segue em segredo de Justiça.
O capitão também destacou que as prisões são fruto de um trabalho que vem sendo realizado há meses pelo Núcleo de Investigação Criminal da própria Corregedoria da PM, criado em 2023. “Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e a lisura institucional. O combate ao crime é feito tanto fora quanto, eventualmente, dentro da corporação, se for o caso”, disse Veríssimo.
Outro caso recente
No dia 1º de julho, outros três policiais militares também foram presos em flagrante durante uma operação semelhante. Na ocasião, foram apreendidos cerca de R$ 40 mil em dinheiro, 290 munições, sete granadas e cinco armas de fogo.
Para o especialista em segurança pública Jorge Tassi, as ações demonstram que a Corregedoria está atuando de forma firme, mas também acendem um sinal de alerta sobre o aliciamento de policiais por organizações criminosas.
“Os criminosos sabem como explorar vulnerabilidades, como dificuldades financeiras e problemas de saúde mental. É fundamental haver um acompanhamento psicológico contínuo e melhores condições de trabalho para evitar esse tipo de desvio”, pontuou.































































