Deputados estaduais da base do governador Romeu Zema querem conversar diretamente com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para entender os prazos de avaliação dos ativos de Minas Gerais, etapa necessária para a adesão do Estado ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag).
O pedido da reunião foi aprovado nesta quarta-feira, 18 de junho, pela Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A solicitação foi feita pelos deputados Cássio Soares (PSD), Gustavo Valadares (PMN) e João Magalhães (MDB).
A preocupação surgiu após o vice-governador Mateus Simões informar que o BNDES não conseguirá concluir ainda este ano a avaliação das empresas que o Estado quer federalizar, como a Codemig e a Codemge, para abater parte da dívida com a União. O prazo atual para adesão ao programa federal vai até 31 de dezembro de 2025, com a entrega final dos ativos até 30 de junho de 2026.
Durante a reunião da Comissão, o deputado Professor Cleiton (PV) criticou o governo mineiro, acusando-o de “mentir” sobre os prazos reais para pressionar a votação dos projetos que tratam da federalização das estatais. Segundo ele, “não é hora de politizar” o debate, e sim de buscar soluções concretas para a dívida do Estado.
O líder do bloco governista, deputado Cássio Soares, afirmou que o objetivo do encontro com o BNDES é justamente esclarecer esses prazos. Ele defendeu que os parlamentares precisam saber, oficialmente, qual a real capacidade do Banco de avaliar os ativos dentro do tempo previsto.
Segundo Soares, a reunião com o BNDES deve acontecer o mais rápido possível, mas agora depende de uma data a ser definida pelo próprio banco. Questionado sobre a possibilidade de adiar as votações dos projetos ligados ao Propag, o deputado respondeu que isso dependeria do governo federal, responsável por fixar os prazos por meio de decreto.
“Com mais tempo, teríamos condições de debater melhor esses projetos aqui na Assembleia e entregar uma proposta mais sólida para o governo federal”, concluiu.































































