A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Vida, concluiu nesta semana o inquérito que investigava a morte do eletricista Bruno Nick de Oliveira, de 32 anos, ocorrida em 17 de fevereiro de 2025, durante serviços no Estádio Municipal de Ituiutaba.
Segundo as investigações, Bruno trabalhava em reparos de uma extensão elétrica quando sofreu uma descarga elétrica fatal. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e prestou os primeiros atendimentos, mas o óbito foi confirmado ainda no local pelo médico responsável. A perícia da Polícia Civil também esteve no estádio para os exames técnicos iniciais.
Ao longo dos sete meses de apuração, a Polícia Civil colheu depoimentos de testemunhas, analisou mensagens trocadas entre a vítima e responsáveis pela obra, além de requisitar laudos periciais. O inquérito apontou que, embora Bruno tivesse sido inicialmente identificado como autônomo, suas atividades estavam diretamente ligadas ao andamento da obra do estádio.
O relatório final destacou a precariedade das condições de segurança no canteiro e a ausência de equipamentos adequados de proteção, fatores que contribuíram de forma decisiva para o acidente. Diante dos elementos reunidos, a empresa responsável pela execução da obra foi indiciada.
De acordo com o documento, a Polícia Civil de Minas Gerais não encontrou indícios de responsabilidade criminal por parte do Boa Esporte Clube e da Prefeitura de Ituiutaba, afastando qualquer ligação direta dessas instituições com a morte do trabalhador.
O delegado responsável pelo caso, Dr. Rafael Faria, ressaltou a gravidade das falhas identificadas:
“Infelizmente, constatamos a ausência de condições mínimas de segurança, algo que contribuiu diretamente para a tragédia. É fundamental que empregadores e responsáveis por obras redobrem a atenção às normas de segurança, garantindo o fornecimento de equipamentos adequados e fiscalização rigorosa. A vida do trabalhador deve sempre estar em primeiro lugar.”
Com a conclusão do inquérito, o caso foi remetido ao Poder Judiciário, que analisará as provas reunidas e definirá as medidas legais cabíveis contra os responsáveis.
Dr. Rafael Faria reforçou ainda a postura da Polícia Civil em assegurar rigor e clareza no processo investigativo:
“A investigação buscou esclarecer de forma minuciosa todas as circunstâncias do fato, garantindo transparência e segurança jurídica à apuração, em respeito à vítima, seus familiares e à sociedade.”
O caso agora segue para apreciação da Justiça, que decidirá sobre a responsabilização penal dos envolvidos.































































