O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 01º de agosto, que o governo federal está finalizando um plano de contingência para mitigar os efeitos do aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras. De acordo com o ministro, a proposta está em fase de ajustes e será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos dias.
A medida busca dar suporte emergencial a empresas que serão afetadas pelo tarifaço de 50%, oficializado nesta semana pelo presidente norte-americano Donald Trump. “As medidas são mais ou menos conhecidas. O que estamos fazendo é calibrando os números junto com os sindicatos dos trabalhadores, sindicatos patronais e a Casa Civil”, explicou Haddad a jornalistas na saída do Ministério da Fazenda.
Haddad descartou qualquer possibilidade de retaliação ao governo norte-americano: “Entendemos que há canais em que o Brasil pode defender seus interesses. Sobre retaliação, o governo nunca usou esse verbo.”
Tarifa entra em vigor em agosto
A tarifa de 50% foi confirmada por ordem executiva assinada por Trump na quarta-feira, 31 de Julho, e representa a soma de uma alíquota de 10%, já anunciada em abril, com uma nova taxa adicional de 40%, oficializada neste mês.
Apesar do impacto generalizado, cerca de 700 produtos foram poupados do acréscimo de 40%, como suco de laranja, aeronaves, castanhas, petróleo e minérios de ferro. Esses itens seguem submetidos apenas à alíquota de 10%.
A previsão é que a medida comece a valer no início de agosto, afetando significativamente diversos setores da economia brasileira.
Haddad ressaltou que o plano emergencial visa auxiliar empresas que estejam com dificuldades para redirecionar sua produção ou encontrar novos mercados. “Algumas não vão reivindicar ajuda adicional porque têm condições de se adaptar. O plano é socorrer quem estiver mais apertado neste primeiro momento”, afirmou.































































