Nos últimos dias, circularam nas redes sociais informações sobre um possível retorno do horário de verão já em novembro deste ano. No entanto, o Ministério de Minas e Energia (MME) esclareceu que, por enquanto, a medida não deve voltar a fazer parte da rotina dos brasileiros.
Em nota, a pasta destacou que o tema segue em avaliação permanente, mas reforçou que os estudos técnicos realizados até o momento não apontam necessidade de retomada. “A análise de 2025 busca avaliar os resultados dos estudos prospectivos relacionados ao atendimento do pico de demanda de energia, para suprir a carga de forma coordenada, considerando o comportamento da geração não despachável das usinas solares e fotovoltaicas”, informou o MME.
Segundo o ministério, as condições dos reservatórios estão favoráveis e evoluindo de forma satisfatória durante o período seco. Isso coloca o Sistema Interligado Nacional (SIN) em situação mais confortável do que no mesmo período do ano passado. “Estudos até fevereiro de 2026 confirmam o pleno atendimento de energia, conforme foi destacado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) realizada em 10 de setembro”, acrescentou.
Ainda de acordo com o MME, o sistema elétrico brasileiro permanece sob constante monitoramento, com o objetivo de subsidiar as autoridades públicas em decisões futuras.
Histórico e debate
O horário de verão foi adotado no Brasil de forma intermitente ao longo das últimas décadas, geralmente entre novembro e fevereiro. A medida consistia em adiantar os relógios em uma hora, o que fazia com que o dia “rendesse mais” em termos de luz natural, principalmente no fim da tarde.
A proposta inicial era reduzir o consumo de energia durante o chamado horário de ponta — período do início da noite em que há sobreposição de demandas, como iluminação pública e uso doméstico, incluindo os banhos após a jornada de trabalho.
Apesar de seus objetivos, o horário de verão nunca foi uma unanimidade. Enquanto parte da população via benefícios na economia de energia e na possibilidade de aproveitar mais atividades ao ar livre, outros apontavam dificuldades de adaptação ao novo ritmo biológico, especialmente em regiões do Norte e Nordeste, onde a medida tinha menos impacto no consumo.
Suspenso em 2019, o tema volta e meia ganha espaço em debates públicos, mas, segundo o governo, neste momento não há previsão para a retomada da política.































































