A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, após um episódio de confronto com policiais civis ocorrido na madrugada de segunda-feira, 21 de Julho, no Bairro do Joá, Zona Oeste da capital fluminense.
A decisão foi assinada pela juíza de plantão do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), nesta terça-feira, 22 de Julho, com base nos indícios apresentados pela Polícia Civil de que o artista teria incitado resistência à atuação dos agentes e participado de uma confusão que terminou com viatura danificada e um policial ferido. Oruam foi indiciado por tráfico de drogas, associação ao tráfico, lesão corporal, resistência qualificada, desacato, dano ao patrimônio público e ameaça.
A juíza responsável pela decisão entendeu que a prisão preventiva é necessária para preservar a ordem pública, assegurar a aplicação da lei penal e evitar riscos à investigação em curso. A magistrada considerou ainda os indícios de reincidência e a natureza das acusações como justificativas para a medida.
Confronto durante operação
O mandado foi expedido após operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que buscava apreender um adolescente foragido, suspeito de atuar como segurança de um criminoso ligado ao Comando Vermelho. O menor estaria abrigado na residência do rapper.
Durante a abordagem, a polícia alega que Oruam e pessoas próximas teriam reagido com agressividade, lançando objetos contra os agentes. Um dos policiais foi atingido, e uma viatura da corporação ficou danificada.
Antecedentes e repercussão
O rapper já havia sido detido em fevereiro deste ano por abrigar um foragido da Justiça. A Polícia Civil também sustenta que ele mantém vínculos com a facção criminosa Comando Vermelho — relação reforçada pelo parentesco com o traficante Marcinho VP, apontado como seu pai biológico.
Nas redes sociais, Oruam contestou a versão da polícia e afirmou que houve excesso na ação. O artista também publicou vídeos após o ocorrido, nos quais aparece no Complexo da Penha e critica a condução do caso. “MC não é bandido”, declarou.































































