O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu duramente à carta enviada por Donald Trump nesta quarta-feira, 09 de julho, na qual o ex-presidente e atual candidato à Casa Branca anuncia uma sobretaxa de 50% sobre as exportações brasileiras aos Estados Unidos. A medida, segundo Trump, visa “proteger o mercado e os empregos americanos da concorrência desleal”, acusando o Brasil de praticar subsídios em setores estratégicos.
Em nota oficial, o Palácio do Planalto classificou a decisão como “hostil e unilateral”, afirmando que o Brasil tomará “todas as medidas necessárias para proteger seus interesses econômicos e comerciais”. Lula, em discurso nesta tarde, disse que o país “não aceitará intimidações” e defendeu o fortalecimento de blocos como o Mercosul e o BRICS como alternativas ao comércio com os EUA.
“O Brasil tem parceiros e alternativas. Não vamos ceder a ameaças protecionistas que ferem os princípios da OMC e da boa convivência entre nações”, afirmou Lula, sugerindo que o Itamaraty já trabalha em uma resposta proporcional — o que pode incluir a imposição de tarifas sobre produtos norte-americanos.
A tensão comercial reacende o clima de instabilidade nas relações Brasil-EUA, especialmente diante do cenário eleitoral nos dois países. Enquanto Trump intensifica o discurso nacionalista e protecionista, Lula tem reiterado a importância do multilateralismo e da integração sul-sul.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços deve convocar nos próximos dias representantes do setor produtivo para avaliar os impactos e discutir possíveis contramedidas. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e entidades agrícolas já demonstraram preocupação com a medida e pedem articulação urgente do governo brasileiro no cenário internacional.































































