O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou nesta quinta-feira, 9 de outubro, que decidiu se aposentar da Corte. O comunicado foi feito durante a sessão plenária, marcada pela despedida do magistrado, que classificou o momento como uma transição natural em sua trajetória.
“Sinto que agora é hora de seguir novos rumos”, afirmou Barroso, em tom de emoção, ao se despedir dos colegas de tribunal.
O anúncio ocorre pouco tempo após o ministro deixar a presidência do STF e ser alvo de sanções pelo governo dos Estados Unidos. Barroso ainda deve permanecer na Corte até a próxima semana, para liberar processos que ainda estão sob sua relatoria.
Com a saída do ministro, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar um novo nome para o Supremo Tribunal Federal, que deverá passar por sabatina no Senado antes de ser oficialmente nomeado.
Trajetória e perfil
Luís Roberto Barroso ingressou no STF em 2013, indicado pela então presidente Dilma Rousseff para ocupar a vaga deixada pelo ministro Carlos Ayres Britto, aposentado no ano anterior ao completar 70 anos.
Natural de Vassouras (RJ), Barroso é doutor em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e mestre em Direito pela Yale Law School, nos Estados Unidos. Antes de se tornar ministro, atuou como advogado constitucionalista, sendo responsável por diversas causas de grande relevância nacional.
Entre os casos mais emblemáticos em que atuou estão a interrupção da gravidez em casos de fetos anencéfalos, as pesquisas com células-tronco embrionárias, o reconhecimento da união homoafetiva e a defesa do ex-ativista italiano Cesare Battisti.
Durante sua passagem pelo STF, Barroso ganhou destaque por defender pautas relacionadas à liberdade de expressão, direitos fundamentais e modernização do Estado brasileiro, além de ter presidido o Tribunal entre 2023 e 2024.































































