Miguel Uribe Turbay, senador da Colômbia e pré-candidato à presidência, faleceu na madrugada desta segunda-feira, 11 de agosto, aos 39 anos, após uma longa batalha pela vida. Ele foi alvo de um atentado a tiros em 7 de junho enquanto discursava em um comício em Bogotá. Uribe permaneceu internado desde então.
A notícia foi confirmada pela esposa do senador, María Claudia Tarazona, que publicou uma emocionada mensagem em suas redes sociais: “Peço a Deus que me mostre o caminho para aprender a viver sem você. Descanse em paz, amor da minha vida. Eu cuidarei de nossos filhos.”
Uribe foi atingido por disparos na cabeça enquanto falava à população. Após atendimento inicial, foi submetido a várias cirurgias neurocirúrgicas e permaneceu em cuidados intensivos na clínica Fundação Santa Fe. Seu quadro chegou a mostrar sinais de melhora em julho, e ele chegou à fase de neuroreabilitação. Porém, no dia 9 de agosto, sofreu nova hemorragia cerebral que levou ao agravamento do estado clínico.
As autoridades prenderam vários suspeitos, incluindo um adolescente de 15 anos, apontado como autor material, e um homem conhecido como El Costeño, suspeito de ser o cérebro logístico do crime. Investigações preliminares indicam participação de dissidentes das Farc.
A morte de Uribe causou forte impacto na política colombiana. A vice-presidente Francia Márquez declarou que a democracia não se constrói com balas nem com sangue, e sim com respeito e diálogo. O ex-presidente Álvaro Uribe lamentou que “matassem a esperança” ao tirar a vida de alguém comprometido com a cidadania, enquanto o ministro da Defesa reafirmou que a investigação continuará para levar os responsáveis à Justiça.
A tragédia ecoa na história do país. A mãe do senador, Diana Turbay, foi sequestrada e morta pelo cartel de Medellín no início dos anos 1990. A própria carreira de Miguel Uribe foi marcada pela perda política que o país ainda reluta em superar.
Com formação em Direito na Universidade dos Andes e mestrado em Administração Pública por Harvard, Uribe era senador desde 2022 e se consolidava como forte nome da direita, destacando-se por sua postura crítica ao governo de Gustavo Petro.































































