A Polícia Federal concluiu o inquérito que apura um suposto esquema de monitoramento ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e indiciou, entre outros nomes, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral do órgão durante o governo de Jair Bolsonaro.
O relatório da PF foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e inclui 36 nomes, entre eles, integrantes da atual cúpula da Abin, que tem como diretor Luiz Fernando Corrêa, nomeado no governo Lula.
Segundo a PF, o caso envolve a criação de uma estrutura paralela dentro da agência para ações de inteligência fora dos protocolos legais. A corporação afirma que integrantes da Abin e policiais cedidos ao órgão teriam participado do que chamou de “organização criminosa” com fins de espionagem.
Durante a investigação, foi apontada ainda uma suposta tentativa de acessar dados sigilosos de autoridades paraguaias, no contexto de negociações ligadas à usina de Itaipu.
Carlos Bolsonaro classificou a operação como “claramente política” e afirmou que o indiciamento faz parte de uma ofensiva visando as eleições de 2026. Já Alexandre Ramagem ainda não comentou, mas sempre negou irregularidades durante sua gestão à frente da Abin.
A atual direção da Abin informou que não comentará os indiciamentos. Em nota anterior, o diretor Luiz Fernando Corrêa declarou estar à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários.































































