A Ucrânia amanheceu sob fortes bombardeios nesta quinta-feira, 24 de abril, após a Rússia, durante a madrugada, lançar um dos mais violentos ataques aéreos desde o início do conflito. A ofensiva atingiu várias regiões do país, incluindo a capital, Kiev, e a cidade de Kharkiv, deixando um rastro de destruição e dezenas de vítimas.
Segundo autoridades locais, ao menos nove pessoas morreram e 63 ficaram feridas, entre elas, seis crianças. A Força Aérea da Ucrânia relatou que mais de 200 alvos aéreos foram detectados, incluindo 70 mísseis e 145 drones. Cerca de metade foi abatida pelas defesas ucranianas.
Os ataques danificaram prédios residenciais, provocaram incêndios e levaram equipes de resgate a atuarem em diversas frentes, com buscas por sobreviventes entre os escombros ainda em andamento.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, interrompeu uma visita oficial à África do Sul para retornar ao país. Em pronunciamento, reforçou que a Ucrânia não aceitará perder território como parte de qualquer acordo de paz e condenou o que chamou de “campanha contínua de terror” por parte da Rússia.
A ofensiva russa ocorre em meio a pressões internacionais por uma solução diplomática. Recentemente, o ex-presidente norte-americano Donald Trump criticou Zelensky por rejeitar uma proposta de cessão de territórios à Rússia. O líder ucraniano, por sua vez, reafirmou que a soberania do país é inegociável.
A comunidade internacional reagiu com veemência ao ataque. Entidades como a ONU e a União Europeia classificaram a ação como uma grave violação do direito internacional e um entrave ao processo de paz. Em Kiev, o prefeito Vitali Klitschko decretou luto oficial e pediu que os cidadãos permaneçam em abrigos enquanto os danos são avaliados.