Representantes do setor produtivo de Ituiutaba (MG) levaram à Jataí (GO) na terça-feira, 25 de Fevereiro de 2025, uma lista de reivindicações urgentes durante audiência pública sobre a concessão da BR-365/364 à Ecovias do Cerrado SA. Entre as principais demandas está a antecipação da duplicação da BR-365 no trecho entre o Trevo da MGC-154 (Ituiutaba) e o Trevão BR-153/365 (Monte Alegre de Minas). O trajeto, de 44 km, enfrenta congestionamentos diários, com filas de até 20 veículos em horários de pico e velocidade média de caminhões reduzida a 20 km/h devido aos aclives.
A segunda proposta exige o início imediato da duplicação da ponte sobre o Rio Tijuco, em Ituiutaba, cujo prazo de conclusão vence em dezembro de 2025. A obra, prevista no garilho volumétrico de 2022, é considerada vital para escoar a produção cerâmica da região, responsável por parte significativa da economia local.
Outro pedido é a implantação de um trevo na localidade Pedreira, facilitando o acesso ao Bairro Satélite Andradina e à área industrial (Distrito Industrial Manoel Afonso Cancella). A medida visa reduzir o tráfego no centro urbano e melhorar a logística para empresas.
O Sindicato da Indústria Cerâmica do Triângulo e Alto Paranaíba (SINCOTAP), a Associação Comercial e Industrial de Ituiutaba (ACII) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) assinaram o documento, destacando que a lentidão na BR-365 aumenta custos operacionais e riscos de acidentes. “A via simples e a falta de pontos de ultrapassagem travam o desenvolvimento”, afirmou Mário Jacob Jr., vice-presidente do SINCOTAP, presente no evento.
A próxima audiência ocorrerá em Uberlândia (MG), nesta quinta-feira, 27 de Fevereiro, onde as mesmas demandas serão reiteradas. O trecho da BR-365 em questão é estratégico para o escoamento de grãos, cerâmicas e insumos industriais, conectando Minas Gerais a Goiás. Enquanto isso, a pressão pelo cumprimento dos prazos da ponte do Rio Tijuco ganha urgência, já que atrasos podem impactar o trânsito e a segurança no perímetro urbano de Ituiutaba.
O resultado das audiências definirá os termos da concessão à Ecovias, empresa que assumirá a gestão da rodovia. Para o setor produtivo, as obras não são apenas uma questão de infraestrutura, mas de sobrevivência econômica em um corredor vital para o agronegócio e a indústria do Triângulo Mineiro.































































