Nessa sexta-feira 2, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou a empresa Fugini, dois sócios e um funcionário responsável pelo controle técnico de qualidade dos produtos por crime contra a relação de consumo. No inquérito, a polícia investigou denúncias de consumidores que teriam comprado molhos de tomate nos quais havia fungos e ovos de parasitas. Os consumidores compraram os produtos em estabelecimentos comerciais da cidade gaúcha de Viamão.
A Fugini também foi notificada administrativamente. Depois das denúncias, o Instituto Geral de Perícias analisou amostras de três embalagens de molho de tomate que haviam sido coletadas em dezembro de 2022. Outras amostras também foram coletadas pela Vigilância Sanitária e remetidas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS). O material das amostras revelou que o molho de tomate comercializado pela Fugini continha estruturas fúngicas filamentares (bolo e mofo), além de bactérias e fragmentos de ovos de parasitas.
Alimento contaminado
Segundo Jeiselaure, delegada responsável pela investigação do caso, as colônias de fungos encontradas no interior das embalagens de molho de tomate são resultados da contaminação. Ainda de acordo com ela, não restam dúvidas de que os produtos eram impróprios para o consumo. De acordo com o inquérito policial, os produtos analisados apresentavam códigos finais e lotes diferentes, no entanto pertenciam à mesma empresa sediada em São Paulo. O inquérito foi enviado à Justiça do RS.
A empresa nega
Em nota oficial enviada ao portal G1, a empresa disse: “A Fugini reforça que, como preconiza a legislação brasileira e as boas práticas de fabricação, a empresa realiza análises microbiológica e físico-química de todos os lotes de produção de todos os produtos e os submete a rígidos controles de qualidade. Conforme se demonstrou nos autos, essas análises foram realizadas em amostras dos lotes investigados, que estavam dentro dos padrões de qualidade e saíram da fábrica em perfeitas condições de consumo”.
“Por fim, mas não menos importante, os produtos analisados estavam com a embalagem aberta desde dezembro. Conforme consta da embalagem, a empresa recomenda que, para manter sua qualidade, o produto deve ser mantido sob refrigeração e utilizado em até um dia, uma vez que não leva conservantes em sua receita. Além disso, uma das amostras analisadas estava até mesmo com o prazo de validade expirado”, finaliza a Fugini.