Lula quer avião com cama de casal que pode custar R$ 400 milhões

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O atual avião presidencial, apelidado de “Aerolula”, pode ser substituído por uma aeronave mais confortável, segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, essa decisão pode ter um custo elevado para os contribuintes, estimado entre US$ 70 milhões e US$ 80 milhões, o que equivale a cerca de R$ 400 milhões. A Força Aérea Brasileira (FAB) elaborou um estudo detalhado sobre o assunto e o entregou ao Palácio do Planalto pelo Ministério da Defesa, conforme relatado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Desde o início do seu mandato, Lula já fez viagens a 19 países acompanhado da primeira-dama Janja da Silva. Entre as exigências do presidente estão uma cama de casal, um banheiro com chuveiro, um gabinete de trabalho privativo, uma sala de reuniões e cerca de cem poltronas semileito. Lula expressou sua insatisfação com o desconforto das viagens internacionais desde o início do seu terceiro mandato.

Para atender a essas especificações, a FAB identificou um Airbus A330-200 usado registrado em nome de uma empresa de leasing baseada na Suíça. Não foi revelado o nome do antigo proprietário, mas especialistas acreditam que poderia ser uma autoridade árabe, pois esse tipo de aeronave costuma ser utilizado por príncipes e xeques árabes, que frequentemente as disponibilizam após pouco tempo de uso.

Embora inicialmente tenha sido considerada a possibilidade de reformar um dos dois A330-200 da FAB, as adaptações necessárias para atender às exigências de Lula se mostraram mais dispendiosas do que adquirir outra aeronave, mesmo que usada. No entanto, a decisão final sobre a compra da aeronave ainda não foi tomada por Lula.

A possível substituição do “Aerolula” por uma aeronave mais confortável gerou críticas da oposição, especialmente considerando a crise financeira e as constantes elevações de impostos. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou o presidente em uma postagem no Twitter, destacando que “no governo Lula, o mau exemplo vem de cima”. Já o presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Ubiratan Sanderson (PL-RS), expressou preocupação com a situação financeira do país, classificando a aquisição da nova aeronave presidencial como “pura irresponsabilidade” em meio à crise, considerando-a um “verdadeiro absurdo que não pode prosperar”.

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