Na tarde de sexta-feira, 8 de novembro de 2024, o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 42 anos, foi brutalmente assassinado no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Gritzbach, jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), havia se tornado delator do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), detalhando um esquema complexo de lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo a facção, além de denunciar desvios milionários em investimentos de criptomoedas. A morte do empresário é investigada como queima de arquivo.
Dinheiro em criptomoedas e ascensão imobiliária
Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública (SSP), Guilherme Derrite, afirmou que a investigação não descarta nenhuma hipótese, incluindo o envolvimento de policiais na execução. “Não temos indícios de participação de policiais na execução, mas alguns fatos chamam a atenção, como o atraso da escolta no dia do crime”, declarou o secretário. Ele acrescentou que as peças do “quebra-cabeça” da investigação ainda precisam ser apuradas, especialmente com o auxílio de perícias nos celulares dos envolvidos.
Motorista de aplicativo alvejado durante o ataque faleceu no hospital
O ataque no aeroporto também deixou outras pessoas feridas, uma deles de maneira fatal. Entre os feridos no ataque estava Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, motorista de aplicativo que deixava o terminal quando foi atingido por um disparo de fuzil nas costas. Gravemente ferido, Celso foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Guarulhos. Após uma cirurgia de emergência, ele perdeu um rim e parte do fígado, mas devido à gravidade dos ferimentos e à perda significativa de sangue, não resistiu e faleceu no sábado, 9 de novembro.
Celso, que era o principal provedor de sua família, deixa a esposa e três filhos, de 18, 12 e 3 anos. Segundo amigos próximos, ele costumava trabalhar no aeroporto e era bastante conhecido e querido entre os colegas de profissão. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e sepultado no domingo, no Cemitério da Vila Rio, em Guarulhos.
O caso segue em investigação, com a apreensão dos celulares dos seguranças e da namorada do empresário, enquanto o DHPP busca entender os motivos e os detalhes da operação que resultou em uma das execuções mais impactantes da recente história criminal de São Paulo. Veja detalhes da execução no vídeo abaixo:
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