A oposição ao governo Lula, liderada pelo Partido Liberal (PL), está intensificando a pressão sobre os parlamentares para acelerar a tramitação do projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro. Embora a legenda tenha se posicionado publicamente a favor da proposta, nem todos os seus deputados endossaram o pedido de urgência para que o projeto seja apreciado com mais rapidez.
Até a noite de terça-feira, 8 de abril, cinco integrantes da bancada do PL ainda não haviam aderido formalmente ao requerimento. São eles:
-
Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP)
-
Detinha (PL-MA)
-
João Carlos Bacelar (PL-BA)
-
Josimar Maranhãozinho (PL-MA)
-
Robinson Faria (PL-RN)
O PL conta atualmente com 92 deputados na Câmara, e ao longo do dia, a legenda se mobilizou internamente para tentar convencer os colegas restantes a assinarem o requerimento.
Mais de 200 parlamentares já apoiaram a iniciativa, mas o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), busca atingir o número de 257 assinaturas — o equivalente à maioria absoluta dos deputados. Com isso, o projeto poderia ser levado diretamente ao plenário, sem passar pelas comissões temáticas. Essa manobra legislativa acelera consideravelmente o trâmite da proposta.
Além de membros do PL, deputados de outras siglas também endossaram o pedido, incluindo legendas como União Brasil e Republicanos — partidos que fazem parte da base governista no Congresso Nacional.
Desde o final de março, o PL vinha pressionando o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Hugo Motta, para que desse andamento à matéria. No entanto, a obstrução promovida pela oposição até então não foi suficiente para travar por completo os trabalhos na Câmara.
Mais recentemente, o partido decidiu interromper temporariamente essa obstrução. “Estamos apostando no diálogo com os colegas parlamentares, que vêm se sensibilizando com essa pauta de justiça, de humanidade e de pacificação nacional”, afirmou Sóstenes Cavalcante.