A partir desta quinta-feira, 10 de abril, o Brasil volta a exigir visto de entrada para visitantes oriundos dos Estados Unidos, Canadá e Austrália. A decisão, prevista em decreto presidencial de 2023, baseia-se no princípio da reciprocidade, segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Como esses países não concedem isenção aos brasileiros, o governo brasileiro optou por não manter a dispensa unilateral da exigência.
O Itamaraty ressaltou que continuam as negociações para firmar acordos de isenção mútua. Em publicação recente, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que o governo segue empenhado para que os Estados Unidos eliminem a exigência de visto para brasileiros, o que abriria caminho para uma medida equivalente por parte do Brasil.
Segundo dados da Embratur, os norte-americanos lideram entre os turistas desses países: somente em 2024, foram mais de 728 mil visitantes dos EUA, seguidos por 96 mil canadenses e 52 mil australianos.
Para entrar no Brasil, os cidadãos desses três países devem solicitar o visto eletrônico com antecedência por meio da plataforma eVisa. A taxa é de US$ 80,90 (aproximadamente R$ 479), e a permanência máxima permitida é de 90 dias. A recomendação é que a solicitação seja feita com tempo hábil, para evitar imprevistos que possam prejudicar a viagem.
Apesar da medida em vigor, há uma proposta em andamento no Congresso que pode mudar esse cenário. Em março, o Senado aprovou um projeto de lei que suspende a exigência de visto para turistas dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e também do Japão. O texto agora aguarda análise da Câmara dos Deputados. O projeto é de autoria do senador Carlos Portinho (PL-RJ) e foi relatado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ).