A crise no Oriente Médio ganhou novos contornos nesta quarta-feira, 18 de junho, com uma grave ameaça do aiatolá Ali Khamenei aos Estados Unidos. O líder supremo do Irã afirmou que uma eventual intervenção militar norte-americana no confronto entre Irã e Israel resultará em “danos irreparáveis” aos EUA. A declaração ocorre após Donald Trump, ex-presidente e favorito à Casa Branca nas eleições de 2026, exigir a “rendição incondicional” do regime iraniano.
Trump subiu o tom nesta terça-feira, 17 de junho, ao escrever em sua rede social que Khamenei é “um alvo fácil” e alertar que a paciência americana “está se esgotando”. O ex-presidente também deixou claro que, por enquanto, não autorizará uma ação militar direta, mas reforçou que os EUA não aceitarão ataques contra civis ou soldados americanos.
Em resposta, Khamenei foi direto: “A entrada dos EUA neste conflito será 100% em seu próprio prejuízo. A nação iraniana não se rende a ameaças”, disse em pronunciamento transmitido pela televisão estatal. Ele também acusou os EUA de estarem por trás da ofensiva israelense iniciada no último dia 13 — que coincidiu com negociações diplomáticas entre Teerã e Washington sobre o programa nuclear iraniano.
“O presidente dos EUA nos ameaça com uma retórica absurda. A nação iraniana se opõe firmemente a qualquer paz imposta. Não capitularemos diante da coerção de ninguém”, afirmou.
As falas acendem o alerta global para o risco de uma escalada com potencial de envolver diretamente grandes potências militares. Para especialistas, a postura de Trump, embora polêmica, tem pressionado o Irã a mostrar suas verdadeiras intenções — enquanto fortalece o discurso de soberania e defesa de Israel, aliado estratégico dos EUA na região.































































