A Polícia Federal desencadeou, nesta terça-feira, 18 de Novembro, duas operações simultâneas batizadas de Quimera e Hidra. As operações buscam desarticular um grupo criminoso especializado em falsificação de documentos e fraudes bancárias que atingiam a Caixa Econômica Federal e outras instituições. As ações ocorreram no Distrito Federal, em Goiás e tiveram reflexos diretos na região de Montes Claros, no Norte de Minas, onde parte dos golpes era executada.
As equipes da PF cumpriram três mandados de busca e apreensão em Luziânia e Valparaíso de Goiás dentro da Operação Quimera, que mira a identificação de integrantes do esquema e o reforço das provas levantadas ao longo da investigação.
Paralelamente, a operação Hidra avançou sobre outros núcleos da quadrilha, com quatro mandados de prisão preventiva e quatro de busca em Valparaíso e Brasília. Duas pessoas foram presas. A Justiça também determinou o sequestro de quase 1,4 milhão de reais, valor que teria sido movimentado pelo grupo por meio de operações fraudulentas.
De acordo com a Polícia Federal, os criminosos fabricavam documentos de identidade falsificados com dados de pessoas reais. Com esse material, abriam contas, contratavam cartões de crédito, acessavam irregularmente valores de FGTS, solicitavam empréstimos e realizavam saques presenciais em agências.
Os investigados deixavam Goiás e circulavam por cidades mineiras como Montes Claros, Francisco Sá, Janaúba, Bocaiuva, Pirapora e João Monlevade, pontos onde executavam os golpes diretamente nos caixas e setores de atendimento.
As análises de movimentações financeiras, laudos periciais e cruzamento de registros bancários revelaram que o grupo era organizado, com divisão clara de funções e técnicas específicas para ocultar a origem dos valores desviados. Parte do dinheiro era repassada a contas de terceiros para dificultar o rastreamento.
Além das prisões e das buscas, a Justiça Federal em Montes Claros autorizou o acesso a conteúdos de celulares e computadores apreendidos, além do compartilhamento de provas com outras apurações em andamento e com equipes técnicas da Caixa, para subsidiar o cálculo dos prejuízos e o pedido de reparação.
Durante as diligências, policiais encontraram veículos e eletrônicos que agora passam por perícia.
A PF segue investigando para identificar outros envolvidos e mapear toda a estrutura que sustentava o esquema criminoso.
Uma observação: 2 dos 4 mandados de prisão foram executados. Só que nos dois os alvos já se encontravam em presídios, um em Abaeté e o outro em Brasília.































































