Uma ação integrada das forças de segurança de Minas Gerais resultou na prisão preventiva de três pessoas durante a deflagração da Operação Escudo, realizada nesta sexta-feira, 19 de dezembro, em Belo Horizonte e em cidades da Região Metropolitana. A ofensiva tem como foco o combate ao tráfico de drogas e a desarticulação de grupos criminosos que atuam em áreas de maior vulnerabilidade social.
A operação mobilizou efetivos das polícias Civil, Militar e Penal, além da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), com cumprimento simultâneo de mandados judiciais em Belo Horizonte, Betim, Contagem e Esmeraldas. As ordens judiciais incluem prisões preventivas e mandados de busca e apreensão.
As investigações, conduzidas pela Polícia Civil, identificaram ao menos 22 suspeitos ligados à atividade criminosa em três dos principais aglomerados da capital mineira: Cabana do Pai Tomás, Morro das Pedras e Pedreira Prado Lopes. Desse total, oito são apontados como lideranças responsáveis pela coordenação do tráfico, exercendo funções estratégicas como distribuição de drogas, articulação logística e comando das ações ilícitas.
Segundo as forças de segurança, o principal objetivo da operação é atingir o núcleo de liderança dessas organizações, enfraquecendo a estrutura criminosa e dificultando a continuidade das atividades ilegais.
De acordo com o capitão Rafael Veríssimo, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, a Operação Escudo é resultado direto da integração entre os serviços de inteligência das instituições. Ele destacou que o compartilhamento de informações permitiu mapear alvos considerados de alta periculosidade e planejar ações mais eficazes no enfrentamento à criminalidade violenta.
Durante a madrugada, mais de 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, além da execução das prisões preventivas autorizadas pela Justiça.
O subsecretário de Integração da Segurança Pública, Christian Vianna de Azevedo, explicou que os dados de inteligência produzidos pelas diferentes forças são reunidos em um único sistema estadual, o que garante maior agilidade e eficiência nas investigações. Segundo ele, o modelo integrado facilita a tomada de decisões estratégicas e fortalece o combate ao crime organizado.
Já o delegado José Eduardo Santos, da 4ª Delegacia de Polícia Civil Centro, afirmou que as apurações revelaram uma estrutura criminosa organizada e hierarquizada. Conforme o delegado, os investigados exercem papéis bem definidos dentro do esquema, com divisão de tarefas e atuação coordenada entre os grupos.
Ainda segundo a Polícia Civil, os alvos da operação possuem registros por crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, homicídio, lesão corporal e posse ilegal de arma de fogo. Ao todo, mais de 200 policiais participaram da ação, incluindo equipes especializadas e apoio aéreo. As investigações continuam, e novas diligências não estão descartadas.





























































