Em uma transmissão ao vivo feita pelas redes sociais, a prefeita Leandra iniciou nesta sexta-feira, 25, às 18h, a divulgação dos resultados a partir da abertura da “Caixa Preta”, um dos compromissos firmados para oferecer transparência à gestão pública municipal, evidenciando erros cometidos nas gestões anteriores, que são passíveis de eventuais punições e ressarcimentos aos cofres públicos.
Leandra explicou que diversas auditorias estão em andamento para apurar possíveis falhas no serviço público e afirmou que cada resultado será por ela apresentado a partir do acionamento da justiça feito pelo município, de acordo com o andamento de cada processo administrativo. “Infelizmente, o primeiro caso que entrou na “Caixa Preta” e que trago para vocês é sobre a parceria firmada com o Hospital Hélio Angotti, que num primeiro momento parecia extremamente boa para nossa cidade, mas não passava de uma grande ilusão” disse.
Conforme as informações apresentadas com base em auditoria que analisou convênio firmado entre a Prefeitura de Ituiutaba e a Associação de Combate ao Câncer do Brasil Central Hospital Hélio Angotti no mês de maio de 2019, a documentação apresentada foi considerada insuficiente para a análise e prestação de contas feita pela Secretaria Municipal de Finanças e Orçamento, que mesmo após solicitar por diversas vezes uma série de documentos para comprovação de despesas, não teve tais solicitações atendidas pela direção da instituição. “Existem tantas coisas erradas no processo que envolve a prefeitura e o hospital, que nem mesmo existe um contrato formal que autoriza a utilização do prédio público para os serviços que seriam prestados pela instituição, nem mesmo documento que garanta que os serviços seriam mesmo prestados pelo hospital”, informou a prefeita.
O local escolhido para receber a Unidade de Prevenção e Diagnóstico de Câncer foi o antigo prédio que sediava a Unidade Mista de Saúde 2, que teve sua estrutura de atendimentos transferida para outro imóvel. “Foram utilizados mais de duzentos e cinquenta mil reais para demolição do prédio, sendo necessário ainda fazer o acerto com a construtora para parar a obra que, infelizmente, não daria em nada. Agora, todos nós de Ituiutaba vamos ter que gastar mais de um milhão de reais para reconstruir o imóvel e novamente dar a ele sua devida utilização”, ressaltou Leandra.
O processo foi encaminhado para a Comissão de Monitoramento e Avaliação, posteriormente, para a Controladoria Geral e, finalizou na Procuradoria Geral do Município, onde como providência necessária, foi protocolado na última segunda-feira, 21, processo por improbidade administrativa contra a direção do hospital por meio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG, que já intimou o Ministério Público de Minas Gerais – MPMG para analisar os fatos narrados na ação judicial.
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*Matéria atualizada às 19h02min.