O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) anunciou nesta quarta-feira, dia 06 de novembro, que a taxa de desmatamento na Amazônia foi de 6.288 km² entre agosto de 2023 e julho de 2024, indicando uma redução de 30,63% em relação ao período anterior, a maior queda percentual em 15 anos. Já o Cerrado registrou 8.174 km² de desmatamento, uma diminuição de 25,8%, marcando a primeira redução em quatro anos e o menor índice desde 2019. A estimativa é do sistema Prodes, que utiliza imagens de satélites para monitorar o desmatamento em diferentes biomas.
O anúncio foi feito em um ato no Palácio do Planalto com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do vice-presidente Geraldo Alckmin, além de outros representantes do governo. Em seu discurso, Marina Silva destacou que a redução representa uma política de Estado que contribui para enfrentar a mudança climática. Durante a cerimônia, foi assinado um pacto com os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (região conhecida como Matopiba), reforçando a meta de alcançar o desmatamento zero em todos os biomas até 2030.
A estratégia inclui intensificação das ações de fiscalização pelo Ibama e ICMBio, que aumentaram em 98% a média de autos de infração contra a flora na Amazônia e em 20% ao ano no Cerrado desde janeiro de 2023. Além disso, ações de conservação foram retomadas, como os Planos de Prevenção e Controle do Desmatamento e a criação de 304,4 mil hectares em unidades de conservação. Para fortalecer a gestão fundiária, a Câmara Técnica de Terras Públicas foi reinstalada, destinando 13 milhões de hectares para unidades de conservação e territórios de povos tradicionais.
Iniciativas financeiras também estão em vigor, incluindo a retomada do Fundo Amazônia com R$ 1,4 bilhão em doações e o incentivo à agricultura de baixo carbono através do Plano Safra.
As informações são da Agência Brasil.
