A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou nesta terça-feira, 3 de dezembro, dois homens, de 36 e 39 anos, por homicídio culposo (sem intenção de matar) pela morte de Isadora Freitas Araújo, de 20 anos. A jovem sofreu um choque elétrico fatal durante uma festa no estacionamento do aeroporto municipal de Frutal (MG), em 3 de março deste ano de 2024.
De acordo com o inquérito, Isadora desceu de um paredão de som automotivo e encostou em 72 baterias interligadas, usadas para alimentar o equipamento. A perícia concluiu que ela morreu por asfixia causada pelo choque elétrico. O organizador do evento e o responsável pelo equipamento de som foram responsabilizados pela falta de medidas de segurança.
As investigações apontaram que o equipamento não tinha proteção, como gradil ou cerca, para evitar o contato com o público. Mesmo ciente de que o paredão estava dando choques, o responsável pelo som não orientou os presentes a se afastarem do local.
Além disso, o evento, que tinha alvará municipal intermediado pelo organizador, não contava com bombeiro civil, segurança ou sinalização adequada, sendo realizado às margens de uma rodovia.
A Polícia Civil destacou a negligência de ambos os indiciados na segurança do evento e no uso do equipamento de som, o que resultou na morte da jovem. O caso segue agora para análise do Ministério Público.
