A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) está emitindo um alerta à população sobre um golpe que vem sendo aplicado em diversas cidades do estado. Os criminosos utilizam o nome de defensoras, defensores públicos, servidoras e servidores da instituição para enganar pessoas com processos ativos na Justiça, principalmente na área da saúde.
Segundo relatos, os golpistas entram em contato com as vítimas por meio de mensagens ou ligações via WhatsApp. Eles se apresentam como representantes da Defensoria ou do Fórum, afirmam que a pessoa “ganhou a causa” e solicitam dados pessoais, senhas ou depósitos bancários, alegando que são necessários para dar continuidade ao processo judicial.
De acordo com a defensora pública Mônica Alves da Costa, os criminosos conseguem acesso a informações sensíveis diretamente nos processos, que geralmente são públicos. “Eles têm acesso a dados como telefone, endereço, renda e até condições de saúde da pessoa atendida, o que torna o golpe ainda mais convincente”, explica.
Caso recente em Ituiutaba
Em Ituiutaba, uma mulher atendida pela Defensoria foi vítima do golpe. Ela recebeu uma mensagem num sábado à tarde, supostamente enviada por um defensor público. O número de contato, embora não fosse oficial, continha a imagem da logomarca da Defensoria Pública no WhatsApp, o que deu aparência de legitimidade à fraude.
O suposto defensor informou que ela havia ganhado o processo e que um servidor do fórum entraria em contato. Em seguida, um segundo criminoso telefonou para a vítima e a orientou a clicar em um link falso enviado pelo aplicativo. Ao clicar, a vítima teve sua conta bancária invadida e todo o dinheiro foi transferido.
A Defensoria Pública reforça que nenhum de seus serviços envolve qualquer tipo de cobrança. “O atendimento da Defensoria é gratuito e seguro. Se alguém pedir dinheiro em nome da Defensoria, isso é golpe. Não forneça dados e não clique em links. Procure pessoalmente a unidade mais próxima para confirmar qualquer informação”, alerta Mônica Costa.
Ainda que o contato via WhatsApp seja possível, ele só é realizado com autorização expressa da pessoa atendida, e nunca para solicitar dados bancários, senhas ou valores. A comunicação se limita a informar sobre datas de audiências, andamentos processuais ou pedidos de documentos.
Como forma de prevenção, a Defensoria está solicitando à Justiça o sigilo dos processos que envolvam informações sensíveis, especialmente da área da saúde. A decisão, no entanto, cabe ao juiz responsável por cada caso.
Enquanto isso, a orientação é desconfiar de qualquer pedido financeiro feito por telefone ou mensagem. Em caso de dúvida, a recomendação é procurar presencialmente a unidade da Defensoria mais próxima.
Caso a pessoa seja vítima do golpe, deve registrar um boletim de ocorrência e comunicar o fato à Defensoria Pública para que as providências legais sejam tomadas.































































