Um dia após a denúncia de abuso sexual e com base nos elementos probatórios obtidos, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Ituiutaba, Triângulo Mineiro, representou à Justiça pela prisão preventiva do suspeito Luiz Miguel Gomes Melo, de 37 anos, e cumpriu o mandado expedido, na última sexta-feira (03/12). Luiz é investigado pelo crime de estupro de vulnerável contra as duas enteadas, de 11 e de 13 anos.
O delegado Carlos Antônio Fernandes conta que, na quinta-feira (02/12), a mãe das vítimas procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) informando que as duas filhas teriam sido abusadas pelo padrasto.
Segundo o relato, a adolescente revelou que a situação ocorria desde quando ela tinha 8 anos e que era ameaçada de morte caso contasse os fatos. Já a menina de 11 anos disse à mãe que teria sido violentada pelo suspeito dias antes do registro da ocorrência.
“De imediato, foram tomadas todas as providências de polícia judiciária pela Deam, com oitiva da mãe na delegacia e encaminhamento das vítimas para escuta especial no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), sendo emitido documento pelas profissionais que as atenderam”, conta Fernandes ao completar que as meninas também passaram por exame de corpo de delito no Posto Médico-Legal, cujo laudo pericial constatou que ambas foram vítimas de violência sexual.
Desdobramento
Em posse das informações levantadas, a PCMG deu continuidade aos procedimentos. “Na mesma data (02/12), representamos pela decretação da prisão preventiva do investigado. O pedido foi rapidamente despachado pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário. No dia seguinte, por volta das 18h, policiais civis se deslocaram até uma região rural de Ituiutaba e deram cumprimento ao mandado”, descreve Fernandes.
O delegado responsável pelas investigações finaliza ressaltando a importância do trabalho ágil e coeso entre instituições: “Os fatos objeto de investigação no inquérito policial são de gravidade extrema, daí a necessidade de uma resposta rápida das autoridades. Não se podia admitir que essas vítimas e sua genitora voltassem para o convívio com o investigado. Por isso, em menos de 24 horas, todas as providências foram tomadas”.
O suspeito foi encaminhado ao sistema prisional e encontra-se à disposição da Justiça.