A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia de Ituiutaba/MG, com apoio da Polícia Civil de Goiás e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou, na manhã de 13 de agosto de 2025, a primeira fase da Operação “Muro ao Lado”. A ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa interestadual especializada em tráfico de drogas e lavagem de capitais, segundo informações da Polícia Civil de Minas Gerais.
O nome da operação faz referência à ousadia do principal alvo do grupo, que residia a poucos metros da delegacia, simbolizando a sensação de impunidade do crime mesmo próximo às autoridades.
As investigações começaram em 24 de fevereiro de 2025, a partir da prisão em flagrante de três indivíduos em Ituiutaba, quando foram apreendidos 48 tabletes de maconha. De acordo com a PCMG, a análise de celulares indicou a existência de uma rede criminosa estruturada, com atuação em vários estados e movimentação financeira fracionada para dificultar o rastreamento.
O principal fornecedor identificado foi Rodrigo Augusto de Souza Parreira, conhecido como “Rodrigo Didi”, responsável pelo envio de grandes remessas para diferentes municípios. Ainda conforme apurações, a distribuição regional era feita por integrantes como Rafael Guilherme Paulino Cariri (“Nenezão BH”) e John Rodrigo de Oliveira Silva (“Digão Pará de Minas”).
O grupo possuía funções bem definidas, incluindo fornecedores, distribuidores, operadores financeiros e facilitadores. Entre os crimes apurados estão tráfico de drogas (art. 33, Lei 11.343/06), associação para o tráfico (art. 35, Lei 11.343/06), organização criminosa (art. 2º, Lei 12.850/13) e lavagem de capitais (art. 1º, Lei 9.613/98), de acordo com informações da Polícia Civil de Minas Gerais.
A operação ocorreu simultaneamente em 12 cidades de quatro estados: Belo Horizonte, Contagem, Pará de Minas, Uberlândia, Esmeraldas, Ituiutaba e Centralina (MG); Itumbiara (GO); Foz do Iguaçu e Toledo (PR); Lençóis Paulista e Birigui (SP). Ainda conforme a PCMG, foram mobilizadas equipes da Polícia Civil de Minas Gerais, do Ministério Público/GAECO e da Polícia Civil de Goiás.
Segundo informações da Polícia Civil de Minas Gerais, foram apreendidos 53 kg de pasta base de cocaína, 7 kg de maconha, uma pistola calibre .45, um revólver calibre .38 com munições, 80 munições calibre 9mm e outras munições calibre .44 e .45, além de balanças de precisão, máquinas para contagem de cédulas, anotações do tráfico, veículos, objetos de valor e diversos celulares encaminhados para perícia. O valor estimado dos bens e drogas apreendidos chega a aproximadamente R$ 1 milhão.
Ao todo, 10 pessoas foram presas e 15 continuam foragidas. Ainda de acordo com a PCMG, a operação representa um golpe estratégico na organização, prejudicando sua logística, interrompendo o fluxo de drogas e dinheiro, prendendo integrantes-chave e garantindo provas essenciais para o aprofundamento das investigações.































































