A leitura de 12 por 8, tradicionalmente associada à pressão arterial normal, acaba de ganhar uma nova interpretação. De acordo com a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025, esse valor passa a ser classificado como pré-hipertensão, sinal de alerta para maior atenção à saúde cardiovascular.
O documento foi elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). A proposta é identificar precocemente indivíduos em risco e estimular condutas preventivas, sobretudo mudanças no estilo de vida, antes mesmo da necessidade de tratamento medicamentoso.
O que muda com a nova classificação
A partir da atualização, apenas aferições abaixo de 12 por 8 serão consideradas normais. Pressões iguais ou superiores a 14 por 9 continuam sendo classificadas como hipertensão, em estágios que vão do 1 ao 3, conforme a análise feita por profissionais de saúde durante a consulta.
Para os especialistas envolvidos na elaboração da diretriz, a mudança é fundamental para reforçar estratégias de prevenção e acompanhamento clínico. Com a reclassificação, médicos terão mais respaldo para orientar pacientes a adotarem práticas saudáveis, como alimentação equilibrada, atividade física regular e controle do estresse.
Repercussão entre médicos e pacientes
A atualização já repercute no meio científico. Em suas redes sociais, a Sociedade Brasileira de Cardiologia descreveu o documento como uma referência essencial para orientar a prática médica em todo o país. “Atualização essencial para quem busca fazer medicina baseada em evidências e alinhada às recomendações mais recentes”, destacou a entidade.
Especialistas ressaltam que a nova diretriz não deve ser motivo de alarme, mas sim de conscientização. O objetivo é reduzir o número de novos casos de hipertensão e, consequentemente, diminuir riscos de complicações graves, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), duas das principais causas de morte entre os brasileiros.
Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 25% da população adulta no Brasil convive com a hipertensão arterial.































































