Durante um encontro do partido Novo em Goiânia, neste sábado (08/06), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, admitiu a possibilidade de formar uma chapa com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), para a disputa pela Presidência da República em 2026.
“Na política, tudo é possível”, declarou Zema em entrevista ao jornal Opção, quando questionado sobre a viabilidade dessa chapa, sem comentar, entretanto, sobre quem ocuparia a vice-presidência. Em abril, Caiado já havia anunciado sua pré-candidatura à Presidência em 2026.
Durante a entrevista em Goiânia, Zema reiterou seu apoio à união entre governadores de centro-direita na definição de um nome para a eleição de 2026. Além dele e Caiado, Zema mencionou os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PL), do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), do Mato Grosso, Mauro Mendes, também do União Brasil, e do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), como integrantes desse grupo.
“O que espero é que nós, governadores de centro-direita, (…) venhamos a trabalhar juntos nessa eleição de 2026. Se nós trabalharmos juntos pela representatividade desses estados, temos condição de apoiarmos um nome que esse grupo indicar e fazermos frente para a esquerda com peso muito grande”, afirmou Zema.
Dos seis governadores citados, quatro (Zema, Caiado, Ratinho e Mendes) estão em seu segundo mandato e não podem se reeleger. Os outros dois, Tarcísio e Riedel, foram eleitos apenas uma vez.
Tanto Zema quanto Caiado já manifestaram interesse em concorrer à Presidência da República. Zema, em particular, é tratado como candidato ao Palácio do Planalto em 2026 dentro do partido Novo, conforme reportagem de O Tempo. O presidente nacional da legenda, Eduardo Ribeiro, considera Zema “naturalmente visto como um presidenciável”, embora, por ora, esteja dedicado exclusivamente ao governo estadual.
Entretanto, Zema enfrenta críticas, como evidenciado por sindicatos de servidores públicos da área de segurança de Minas Gerais, que utilizaram um painel luminoso em Goiânia para expressar insatisfação durante a visita do governador à cidade no último sábado. O painel exibia mensagens denunciando a gestão de Zema, acusando-a de não valorizar a segurança pública e contribuir para o aumento da criminalidade no estado.
O presidente do Sindpol-MG, Wemerson Oliveira, revelou que os custos do uso do painel foram divididos entre as entidades representativas dos trabalhadores da segurança pública de Minas Gerais, embora o valor gasto não tenha sido divulgado.
Na quinta-feira (06/06), a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou um aumento salarial de 4,62% para os servidores públicos, mesmo percentual defendido pelo governo estadual. A oposição tentou aumentar o reajuste para 10,67%, mas as emendas propostas não foram aprovadas pela base de Zema.