STF decide manter símbolos religiosos em órgãos públicos

Decisão reforça a ligação cultural entre o cristianismo e a sociedade brasileira

Foto: Agência Brasil / Divulgação.

Nesta terça-feira, 26 de novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para permitir a continuidade do uso de símbolos religiosos, como crucifixos e imagens de santos, em órgãos públicos no Brasil.

Com seis votos a favor, a Corte rejeitou o recurso do Ministério Público Federal (MPF), que defendia a proibição dessas representações com base na liberdade de crença e no princípio do Estado laico.

O relator do caso, ministro Cristiano Zanin, argumentou que o cristianismo é um elemento importante na formação cultural do Brasil, citando exemplos como feriados religiosos e nomes de localidades. Segundo ele, a presença desses símbolos nos prédios públicos, quando justificada pela tradição cultural, não fere a Constituição. Seu entendimento foi acompanhado pelos ministros Flávio Dino, André Mendonça, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Edson Fachin.

O julgamento virtual, que será concluído ainda nesta terça-feira, reforça a interpretação de que a manifestação cultural e histórica do cristianismo no Brasil pode coexistir com o Estado laico, desde que não promova discriminação entre crenças.

A decisão deve consolidar a permanência de símbolos religiosos em repartições públicas.

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