Uma tarde que deveria ser de lazer e tranquilidade se transformou em tragédia neste domingo, 26 de julho, na cidade de Cachoeira Dourada (MG). Um banhista, identificado como Alisson de Andrade Ribeiro, de 31 anos, morreu após ser atingido por uma embarcação no Rio Paranaíba, em uma área conhecida como Prainha, ponto turístico frequentado por moradores e visitantes. Alisson era natural da cidade de Itaúna, em Minas Gerais, localizada próxima a Belo Horizonte.
De acordo com apuração da equipe de jornalismo do Canal Janela Aberta, o acidente ocorreu por volta das 15h30, quando o condutor da lancha, um homem de 33 anos, retornava de um passeio pelo rio acompanhado da esposa, da filha e de um amigo da família.
Segundo relato, o grupo reduziu a velocidade da embarcação ao se aproximar da margem e, acreditando que não havia banhistas na área, seguiu o trajeto normalmente. Foi então que ouviram um ruído semelhante ao impacto com um objeto submerso. Ao verificarem o que havia ocorrido, notaram manchas de sangue na água e perceberam que uma pessoa havia sido atingida.
Um homem que pilotava um jet ski próximo ao local prestou os primeiros socorros e levou Alisson até um tablado às margens do rio, de onde foi acionada uma ambulância.
A vítima chegou com vida à unidade de saúde do município, mas apresentava ferimentos gravíssimos: politraumatismo, evisceração abdominal, fratura exposta no fêmur e múltiplas fraturas no braço direito. Equipes médicas tentaram reanimá-lo por aproximadamente 30 minutos, mas o óbito foi confirmado às 16h35.
Ainda conforme levantamentos do Canal Janela Aberta, testemunhas relataram à Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) que Alisson havia mergulhado momentos antes, dizendo que iria nadar até uma balsa. O acidente teria ocorrido quando ele retornava à superfície e foi atingido pela hélice da embarcação. Os relatos reforçam a hipótese de fatalidade, descartando a possibilidade de intenção ou conduta deliberada por parte do condutor da lancha.
Durante a ocorrência, a Polícia Militar constatou que o condutor não possuía habilitação do tipo Arrais Amador, documento exigido para pilotar embarcações recreativas. Além disso, ele se recusou a realizar o teste de alcoolemia.
A lancha utilizada no passeio, bem como a carretinha usada no transporte da embarcação, foram apreendidas e encaminhadas ao pátio credenciado de Ituiutaba. A Capitania Fluvial de Minas Gerais e a Marinha do Brasil foram notificadas e informaram que será instaurado um Inquérito Administrativo sobre Fatos da Navegação (IAFN) para investigar oficialmente as causas e eventuais responsabilidades no acidente.
Um ponto crucial apurado pela equipe do Canal Janela Aberta diz respeito à falta de sinalização adequada no trecho onde ocorreu o acidente. Conforme consta no boletim policial, a área da Prainha é utilizada tanto por banhistas quanto por embarcações como ponto de embarque e desembarque, mas não havia sinalização indicativa de proibição ou alerta, situação que pode ter contribuído para a colisão fatal.
O corpo de Alisson de Andrade Ribeiro foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Ituiutaba, onde passou por exames necroscópicos. Já o condutor da embarcação foi levado à Delegacia de Plantão, onde prestou depoimento, passou por exame de corpo de delito e foi liberado.
