A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de militares que integraram seu governo. na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investiga os atos de 8 de janeiro.
Também foram alvo de pedidos de encaminhamento da Justiça assessores diretos de Bolsonaro, como o tenente-coronel Mauro Cid. Ela apresentou o relatório final nesta terça-feira (17). A expectativa é que o documento seja votado na quarta-feira (18).
Veja abaixo a lista completa (em atualização pela reportagem):
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo Bolsonaro: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional no governo Bolsonaro: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência no governo Bolsonaro: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa no governo Bolsonaro: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Almir Garnier Santos: ex-comandante da Marinha no governo Bolsonaro: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Marco Antonio Freire Gomes, comandante do Exército no governo Bolsonaro: prevaricação;
- Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Luís Marcos dos Reis, ex-assessor de Bolsonaro: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército:
- Antonio Elcio Franco Filho, coronel do Exército: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Jean Lawand Junior, coronel do Exército: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Anderson Gustavo Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Marília Ferreira de Alencar, ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal no governo Bolsonaro: associação criminosa, prevaricação, peculato, advocacia administrativa, frustração do caráter competitivo da licitação, contratação inidônea e violência política;
- Filipe Garcia Martins Pereira, assessor da Presidência no governo Bolsonaro;
- Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor da Presidência no governo Bolsonaro: incitação ao crime;
- Fernando Nascimento Pessoa, asssessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ): incitação ao crime;
- José Matheus Sales Gomes, ex-assessor da Presidência no governo Bolsonaro: incitação ao crime;
- Alexandre Carlos de Souza e Silva, policial rodoviário federal: corrupção passiva, frustração do caráter competitivo da licitação e contratação inidônea;
- Marcelo de Ávila, policial rodoviário federal: frustração do caráter competitivo da licitação e contratação inidônea;
- Maurício Junot, empresário: peculato, corrupção ativa, fraude em licitação ou contrato e contratação inidônea;
- Carla Zambelli, deputada federal pelo PL-SP: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Ridauto Lúcio Fernandes, general da reserva do Exército: dano qualificado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito associação criminosa e golpe de Estado;
- Meyer Nigri, empresário: divulgação de informações inverídicas a respeito de partidos ou candidatos;
- Adauto Lúcio de Mesquita, empresário: incitação ao crime;
- Joveci Xavier de Andrade, empresário: incitação ao crime;
- Mauriro Soares de Jesus, suspeito de ser financiador do 8/1: incitação ao crime e associação criminosa;
- Ricardo Pereira Cunha, suspeito de ser financiador do 8/1: incitação ao crime e associação criminosa;
- Enric Juvenal da Costa Laureano, suspeito de ser financiador do 8/1: incitação ao crime e associação criminosa;
- Antônio Galvan, suspeito de ser financiador do 8/1: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Jeferson da Rocha, suspeito de ser financiador do 8/1: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Vitor Geraldo Gaiardo, suspeito de ser financiador do 8/1: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Humberto Falcão, suspeito de ser financiador do 8/1: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Luciano Jayme Guimarães, suspeito de ser financiador do 8/1: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- José Alípio Fernandes da Silveira, suspeito de ser financiador do 8/1: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Valdir Edemar Fries, suspeito de ser financiador do 8/1: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Júlio Augusto Gomes Nunes, suspeito de ser financiador do 8/1: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Joel Ragagnin, suspeito de ser financiador do 8/1: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Lucas Costa Beber, suspeito de ser financiador do 8/1: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Alan Juliani, suspeito de ser financiador do 8/1: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- George Washington de Oliveira Sousa, condenado pelo atentado nos arredores do Aeroporto de Brasília: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Alan Diego dos Santos Rodrigues, condenado pelo atentado nos arredores do Aeroporto de Brasília: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Wellington Macedo de Souza, condenado pelo atentado nos arredores do Aeroporto de Brasília: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Carlos José Russo Assumpção Penteado, agente do GSI: dano qualificado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Carlos Feitosa Rodrigues, agente do GSI: dano qualificado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Wanderli Baptista da Silva Junior, agente do GSI: dano qualificado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- André Luiz Furtado Garcia, agente do GSI: dano qualificado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Alex Marcos Barbosa Santos, agente do GSI: dano qualificado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- José Eduardo Natale de Paula Pereira, agente do GSI: dano qualificado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Laércio da Costa Júnior, agente do GSI: dano qualificado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Alexandre Santos de Amorim, agente do GSI: dano qualificado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Jader Silva Santos, tenente-coronel da PMDF, agente do GSI: dano qualificado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado;
- Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do DF: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, omissão imprópria;
- Klepter Rosa Gonçalves, comandante da PMDF: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, omissão imprópria;
- Jorge Eduardo Barreto Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da PMDF: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, omissão imprópria;
- Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, coronel da PMDF e substituiu Naime no cargo noo dia 8/1: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, omissão imprópria;
- Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, omissão imprópria;
- Flávio Silvestre de Alencar, major da PMDF: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, omissão imprópria;
- Rafael Pereira Martins, tenente da PMDF: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, omissão imprópria.
A relatora também defendeu o aprofundamento das investigações, mas sem pedir indiciamentos, da participação nos atos de 8 de janeiro do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, do advogado Amauri Feres Saad e de Renato Lima França, ex-assessor da Presidência no governo Bolsonaro, além de empresários suspeitos de serem financiadores, como Argino Bedin, o “pai da soja” em Mato Grosso.
Eliziane isentou o chefe do Gabinete de Segurança Institucional no dia dos atos de 8 de janeiro. O general Marco Edson Gonçalves Dias foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo. A relatora alegou que não se pode igualar a conduta de G Dias a de seus subordinados, “já que efetivamente no cargo havia apenas sete dias”.
Via: O Tempo