A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou, nesta terça-feira, 12 de agosto, um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que ele possa realizar uma série de exames médicos no hospital DF Star, em Brasília, no próximo sábado, 16 de agosto. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto.
Segundo os advogados, a permanência no hospital deverá durar entre seis e oito horas, para a realização de exames de sangue, urina, endoscopia, tomografias, ecocardiograma e ultrassonografias. O pedido foi feito pelo médico que acompanha Bolsonaro, com o objetivo de reavaliar sintomas de refluxo e soluços persistentes após a adoção de nova medicação.
O ex-presidente apresenta problemas de saúde recorrentes desde 2018, quando sofreu um atentado a faca durante a campanha eleitoral. Em abril deste ano, ele passou por nova cirurgia em razão de complicações relacionadas às lesões sofridas na ocasião.
Na semana passada, Moraes autorizou a visita de médicos particulares a Bolsonaro, que ocorreu no último sábado, 08 de agosto. Decisões anteriores também permitiram encontros com familiares e aliados políticos.
No mesmo documento apresentado nesta terça-feira, a defesa também pediu que Bolsonaro possa receber, em casa, quatro aliados: o senador Rogério Marinho (PL-RN), o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), o vice-prefeito de São Paulo Ricardo Augusto Mello de Araújo e o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP).
Bolsonaro está em prisão domiciliar por decisão de Alexandre de Moraes, que apontou suposto descumprimento de medidas cautelares. Ele é réu no STF em processo no qual a Procuradoria-Geral da República o acusa, junto a outros sete investigados, de cinco crimes: organização criminosa, tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A defesa tem até esta quarta-feira, 13 de agosto, para apresentar as alegações finais.
Após essa etapa, o processo será encaminhado para julgamento pela Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros: Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.































































