São Paulo registra primeira morte por coronavírus no Brasil


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A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou, na manhã desta terça-feira (17/03), a primeira morte relacionada ao novo coronavírus no Brasil. O paciente era homem e tinha 62 anos.

O paciente não tinha histórico de viagem, mas apresentava duas condições pré-existentes: diabetes e hipertensão.

Além desse caso, outras quatro mortes estão sendo investigadas por suspeita de terem sido provocadas pelo vírus, disse no início da tarde o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, o infectologista David Uip.

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, de segunda (16), o Brasil tem 234 casos confirmados da doença. Destes, 152 estão no Estado de São Paulo, que tem mais de 1,7 mil casos suspeitos.

No mundo todo a covid-19, doença causada pelo vírus, já matou mais de 6.500 pessoas — mais de 167 mil casos foram reportados até esta segunda-feira (16/03).

A morte foi anunciada no mesmo dia que a prefeitura de São Paulo declarou estado de emergência na cidade — o decreto permite que a prefeitura tome atitudes emergenciais, como cancelar alvarás de eventos já concedidos, comprar suprimentos a preços diferentes, entre outras medidas.

O prefeito de São Paulo Bruno Covas disse que está trabalhando com o Estado e com o governo Federal para combater a doença.

Medidas contra o coronavírus

Governos ao redor do mundo vêm anunciando diariamente novas medidas para conter a disseminação do novo coronavírus.

No Brasil, o governo do Estado de São Paulo recomendou o cancelamento de eventos de lazer, culturais e esportivos com mais de 500 participantes.

Também determinou a suspensão imediata das aulas em universidades públicas e uma suspensão gradual nas escolas das redes públicas estadual e municipal da cidade de São Paulo, a partir de 16 de março. As escolas continuarão abertas por uma semana após esta data, e, no dia 23 de março, as aulas serão suspensas. A rede privada recebeu a recomendação de seguir os mesmos procedimentos.

A data foi determinada a fim de dar tempo suficiente para que as famílias se organizem para o período em que as escolas ficarão fechadas. O governo pediu que as crianças não sejam deixadas com os avós, porque idosos têm mais chances de desenvolver quadros graves quando são infectados pelo novo coronavírus.

O governo paulista afirmou que ainda não há uma previsão de quando as atividades de ensino serão retomadas e que isso será avaliado constantemente, de acordo com a evolução da epidemia.

Além disso, os funcionários públicos estaduais de São Paulo com mais de 60 anos, com exceção dos que atuam nas áreas de segurança pública e saúde, deverão trabalhar de casa. Museus, bibliotecas, teatros e centros culturais do estado ficarão fechados por até 30 dias.

Melhores medidas de precaução contra o coronavírus são distanciamento social e lavar bem as mãos. Foto: Internet

No Rio de Janeiro, Wilson Witzel decretou nesta segunda estado de emergência e recomendou o fechamento de lojas de shoppings, clubes e academias.

Restaurantes e bares só poderão atender a um terço de sua capacidade, assim como as praças de alimentação de shoppings. Na semana passada, o governo já havia recomendado o esvaziamento das praias fluminenses.

De acordo com Witzel, a Polícia Militar vai usar alto-falantes para pedir que as pessoas permaneçam em casa.

As aulas nas redes pública e privada, em escolas e universidades do Estado, estão suspensas por 15 dias, além de eventos esportivos, shows, feiras, comícios, passeatas, entre outros. Também foi anunciado o fechamento de teatros, casas de show e cinemas.

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Fonte: BBC News

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